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"Aceitar-me plenamente? É uma violentação de minha vida. Cada mudança, cada projeto novo causa espanto: meu coração está espantado. É por isso que toda minha palavra tem um coração onde circula sangue" (Um sopro de vida - Clarice Lispector)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010


Fiquei alguns dias sem atualizar o blog pela falta de acesso a internet, mas cá estou para falar das experiencias vividas nas últimas semanas.
Meu objetivo aqui no blog não é contar minha vida, mas partilhar - com aqueles que se interessam em ler - as coisas bonitas que vejo acontecendo ao meu redor. As lutas e os sonhos de muita gente gente em prol de um mundo melhor.
Sobre o Fórum Social Mundial acredito que falei o suficiente. Foi uma grande experiência. Poderia ter sido melhor, mais organizado, com acessos mais fáceis, com mais clareza na programação... mas ainda assim foi uma experiência que me enriqueceu muito.
E logo depois dele eu participei do Mutirão de Comunicação da América Latina e do Caribe, que aconteceu na PUC POA. A temática do encontro era a discussão de processos de comunicação e cultura solidária. Também foi um encontro riquíssimo, com seminários, debates, oficinas, painéis, shows.. que nos fizeram pensar na comunicação em uma dimensão muito maior do que a que estamos acostumados a ver ou pensar. Me marcou ouvir o Hilário Dick dizer que a juventude não quer ser massa, quer ser povo. E que precisamos de uma sociedade e uma mídia encantadas com a juventude, com aquilo que ela é e tem a oferecer ao mundo. Outro palestrante, que agora infelismente não recordo o nome, disse que é preciso buscar a solidariedade na realidade do povo, e não ser algo que vem de fora para dentro, da "elite". Mas não qualquer tipo de solidariedade, e sim uma que seja capaz de mudar o mundo; que não esteja centrada no dinheiro, mas na vida. E para ser um jovem comunicador é preciso ser uma pessoa boa. Se diz que é católico.. bom, isso é lucro. Ser jovem não é lucro, é exigência de mudança.
E ouvir o Dante Ramon Ledesma cantando "eu só peço a Deus que a injustiça não me seja indiferente" tocou fundo no peito, e me fez encher os olhos de lágrimas por ter a oportunidade de estar ali naquele momento, de ver e ouvir tudo o que estava acontecendo. Por ter participado dessa semana tão especial, ao lado de pessoas especiais.
Agora tenho duas experiências fantásticas vividas, e já estou torcendo para que chegue logo o mês de março para poder colocar isso tudo em prática. Vem aí outro Fórum para discutir as nossas fronteiras.. e assim vamos indo.. caminhando e tentando fazer a diferença nesse mundo.

Vou postar só um pedacinho da carta do Mutirão:
Somos comunicadores e comunicadoras solidários com nossos povos e integrados plenamente no seu caminhar. Partilhamos os sofrimentos, as crises, as alegrias e as esperanças de nossas irmãs e irmãos. Por esse motivo, e ainda em meio à atual crise civilizatória, que se expressa, entre outros fatores, na mundialização das economias e na livre circulação de mercadorias e capitais especulativos, nos atrevemos a refletir e sonhar, alimentando a utopia e a esperança.

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