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"Aceitar-me plenamente? É uma violentação de minha vida. Cada mudança, cada projeto novo causa espanto: meu coração está espantado. É por isso que toda minha palavra tem um coração onde circula sangue" (Um sopro de vida - Clarice Lispector)

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Faz tempo que não posto nada, né? Nem sei se alguém ainda vem aqui. Mas hoje estava buscando novamente esse texto e pensei que ele devia vir para cá, porque é muito real, muito verdadeiro e me identifico bastante com ele.
Quem sabe volto a publicar com mais frequência. Ou não.



"(...)
Não costumo guardar mágoa, pois sou da tribo da conversa. Tá ruim? Então senta aqui e vamos resolver as coisas. Muitas vezes peco por falar demais. E quando não sei falar, escrevo. (...)

Por favor, não chegue metendo o pé na porta da minha vida. Não gosto. Acho uma falta de respeito sem tamanho. Muita gente pensa que me conhece. Ilusão, mera ilusão. Quanto mais o tempo passa mais eu percebo que pouquíssimas pessoas me conhecem de verdade. (...)


Antes eu achava que todo mundo era meu amigo. Um dia, depois de muito sentir um gosto amargo e horrível na boca, descobri que muita gente queria me ferrar. Sim, as pessoas querem (e vão, me desculpa, mas vão) te ferrar. Tem amigo que não suporta te ver feliz. Tem conhecido que não aguenta ver o teu sucesso. Tem amigo que não gosta de ver que o teu relacionamento está dando certo. Tem parente que sente um ciúme trouxa. Tem gente que não sabe o que é gostar. Tem gente que não respeita nada. Acredito no seguinte: o olho das pessoas que gostam de você sempre vai brilhar quando alguma coisa boa te acontece. Se ele não brilha, meu amigo, "há algo errado no paraíso". (...)"
(Clarissa Corrêa)

sexta-feira, 8 de março de 2013




‎"Eu todo doído. Minha vida tá toda errada. Bodes em vários níveis, às vezes me sinto bombardeado de — sei lá o quê: em casa, no trabalho, afetivamente, financeiramente. Poucas vezes a barra esteve tão pesada."



(Caio Fernando Abreu, in: Carta a Luiz Fernando Emediato)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013



"Olha, perdoe esse meu cansaço, esse meu suor. Corri tanto, tanto... Desfaleci. Hoje o desafeto demorou um pouco mais na cozinha. Cortei os legumes com tanta pressa que quase aprontei com os dedos (com os medos, quem me dera). Fiquei aflita com esse texto se aninhando em minha mente enquanto eu estava lá absorta, com um suspiro preocupado que nunca soube repousar. Hoje sou só algumas mãos arredias cuidando dos tomates, esmiuçando os pensamentos. Hoje pra mim ainda é ontem. O amanhã cansou de chegar. Estou levemente desamparada, esvoaçada, ouvindo a mesma música. (O mar dessa canção me (co)move, me sensibiliza). Mas estou incomodada ainda, observando. Arrumei a casa de um jeito tão negligente que suspeito estar assim por dentro: do avesso. Poeira maior deixo sobre a mesa — de centro. Centro do meu mundo, do meu tudo, ventre desarrumado. Ainda não pude desincrustar a alma com alguma alegria. Logo cedo recebi visitas, preciso esperar a hora dos choros. A dor precisa de espaço para se repetir e morar, e logo depois sair imune, dissolvida. Por um momento sinto-me bem. Poesia salva, sabia? Uma salvação repentina que me diminui pra ficar maior... Quase não consigo contê-la nesse trecho. Pretendo esperar o próximo parágrafo enquanto dou um jeito nesta cama. Quase agora um Amor antigo questionou o meu silêncio e adicionou, cheio de medo: “Entendo, tem dias que a gente não está pra ninguém, não é?”, fiquei um pouco mais triste por envolvê-lo nesse meu cansaço (tão antigo, tão pequeno) e respondi, cheia de dedos: “Se quiser, você pode não estar pra mim hoje também. Vou gostar de você do mesmo jeito, talvez, de um jeito um pouco maior”. E ele me enviou um sorriso tão teimoso, desentendido e bonito que eu desisti — Meu Deus, eu desisti!! — da amargura do meu próximo desalento. Poesia salva, sabia? Poesia salva..."

(Priscila Rôde - via Facebook)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013




♫ "... eu já tenho quase 30. Acabou a brincadeira e aumentou em mim a pressa de ser tudo o que eu queria (...) Tenho sonhos adolescentes mas as costas doem. Sou jovem pra ser velha e velha pra ser jovem. (...) E há pouco tinha quase 20, tantos planos eu fazia. E eu achava que em 10 anos viveria uma vida e não me faltaria tanto pra ver. (...) Sou jovem pra ser velha e velha pra ser jovem, e me falta tanto ainda" ♫


(Aquela dos 30 - Sandy)
*não gosto dela, mas adorei a música, 
se encaixa perfeitamente comigo)

domingo, 2 de dezembro de 2012



E tem dias que a vida faz uma pausa e você se vê olhando ao redor e buscando respostas. 
Você, que normalmente pensa ser tão realizada, de repente se sente infinitamente só.
Você se acha esperta, você se julga correta, você sabe que é esforçada nas coisas que faz. Mas as pessoas não gostam tanto de você. 
Aonde estão os amigos na hora de sair para dar uma volta? Na rede social todos são escandalosamente felizes, e olha pra você: mais um dia em casa, sozinha, sem companhia para uma festa, para um bar, para um sorvete. 
Você vê casais se formando, outros se separando, e na sua vida nada acontece. É sempre a mesma solidão.
No computador toca Lulu Santos: "É, tem dias que a gente olha pra si e se pergunta se é mesmo isso aí que a gente achou que ia ser, quando a gente crescer...". E faz todo o sentido do mundo.
Você se lembra da jovem Macabéa, do livro A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. Sem vida, sem nada, sem ninguém.
Olhando para trás, percebe que talvez essa situação seja fruto de uma escolha, mas que estranha escolha é essa que te tira do mundo?
Você reavalia toda a vida. Todos os momentos vividos, os amores perdidos, os amigos esquecidos, e só uma pergunta fica na mente: Até quando, Senhor? Até quando?
Tantas vezes você rezou pedindo a Deus para ser uma menina mais amada pelas pessoas. Tantas vezes você pediu um namorado que estivesse ao seu lado. E as respostas foram sempre puxões de tapete. A clara sensação de perder o chão.
Mas sossega. Sossega o coração. É só mais uma noite. Só mais um sábado. Só mais um dia como tantos outros. De solidão.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

quarta-feira, 26 de setembro de 2012



"Toda pessoa é sempre as marcas 
de outras tantas pessoas. 
E é tão bonito quando a gente entende 
que a gente é tanta gente
onde quer que a gente vá!"

(Gonzaguinha)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

"Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar
Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo, nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será..."


[Gonzaguinha]


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Devaneios de uma madrugada de quarta-feira...

Hoje não está chovendo. Não, não é um dia cinza.
Ainda assim está nostálgico.
É só um daqueles momentos em que a cabeça dá uma volta ao passado e a lembrança de uma música faz pensar.

"O que eu penso a respeito da vida é que um dia ela vai perguntar: o que é que eu fiz com meus sonhos e qual foi o meu jeito de amar? O que é que eu deixei pras pessoas que no mundo vão continuar? Pra que eu não tenha vivido a toa, e que não seja tarde demais..."

Quantas e quantas vezes cantei essa música com os olhos fechados e o coração repleto de sonhos, de amor, de  desejo de fazer do mundo um lugar melhor. Quantas vezes dividi a melodia dessa música com abraços amigos, que juntos tinham os mesmos ideais e utopias. E quantas pessoas significativa encontrei justo nesses momentos.
E hoje, o que restou? 
De todos aqueles sonhos, quais ainda carrego comigo?

"Até bem pouco tempo atrás poderíamos mudar o mundo. 
Quem roubou nossa coragem???"

Estou estudando, mas para quê? Quero me formar porquê? 
Por que abandonei velhos projetos? Por que permiti que a decepção com algumas pessoas me afastassem dos meus ideais? Vivi tantas coisas e me pergunto se todas foram em vão. Me pergunto se me tornei uma pessoa grande, incapaz de ver o elefante dentro da cobra, como no livro do Pequeno Príncipe.

Será que me perdi? Ou será que estou buscando me encontrar?
Onde será que isso vai dar?

sexta-feira, 31 de agosto de 2012



"O tempo passou no calendário, mas aqui dentro eu sou a mesma menina que te amava .
Eu te espero com meu caderno de versos, minha poesia triste, meu afeto desmedido e sorriso tímido .
Eu te espero no aeroporto, a beira mar, nas cachoeiras .
Te encontro em um filme Europeu Cult que não precisa de um final explicativo, porque a vida sempre recomeça de um jeito ou de outro .
Vem para morar nos meus versos de menina que não sabe perder ."

(Juliana Sfair)