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"Aceitar-me plenamente? É uma violentação de minha vida. Cada mudança, cada projeto novo causa espanto: meu coração está espantado. É por isso que toda minha palavra tem um coração onde circula sangue" (Um sopro de vida - Clarice Lispector)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010


"Chove lá fora e eu aqui dentro. Que vontade de te abraçar. Amor, quando chove fica mais triste esperar por alguém que não vai chegar"

Ontem deitei muito cansada.
Hoje acordei inquieta. Incomodada.
Acordei com um dia cinza. E com a alma também.
Sentindo falta de pessoas. Desejando coisas que não tenho e que não vejo condições de ter. Sonhando com um futuro que na maior parte do tempo não me sinto capaz de construir.
De repente lembrei de um dos meus primeiros amores - lá aos 13,14 anos - que numa semana me deu um beijo e disse que eu era muito especial e na semana seguinte foi morto por um amigo por causa de R$ 1,00.
A vida pode ser tão curta.. e eu quero tantas coisas... e consigo tão poucas..
E isso as vezes cansa. Ou desanima.
A Ro tem me ensinado a viver um dia de cada vez. Sempre que falo “como será na semana q vem... no mês que vem..” ela me diz: “Ah, depois a gente pensa, vamos vivendo um dia de cada vez”. E assim estou tentando viver, um dia de cada vez. Acho que a gente se preocupa demais com o futuro, com o que está por vir, e se consome demais pensando naquilo que ainda nem aconteceu. Enquanto isso o hoje vai indo, vai se esvaindo entre os dedos sem que a gente perceba.
Estou fazendo este exercício agora. De viver esse momento e nada mais. De fazer meu trabalho, atender bem quem chega a mim, e deixar pra pensar o amanhã... amanhã.

“Eu mesmo não me ouço. Sou alguém que tem pressa de chegar, mas não sabe ainda qual o destino” (Pe. Zezinho)

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